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Nos últimos 4 meses, a rotina do cirurgião Euryclides de Jesus Zerbini, que continuara inabalável por quase meio século, sofreu uma modificação. Como Conquistar A Amiga Em três Passos Mudando As Atitudes! , sustentado por um desjejum reforçado, ele entrava no hospital de manhã e só à noite tirava o pé dali, contentando-se em comer um copo de suco e, às vezes, uma fatia de queijo, no meio do expediente. Já, o mais famoso médico brasileiro em todo o mundo deixa o consultório, no segundo percorrer do Hospital da Beneficência Portuguesa, em São Paulo, pra almoçar em moradia. Trata-se de ordem médica.
Na última segunda-feira de Carnaval, 22 de fevereiro, doutor Zerbini foi operado pra remover um nódulo do cerebelo, o órgão do sistema nervoso que controla, entre outras coisas, o equilíbrio. “Há tempos, eu notava uns nódulos espalhados pelo organismo, porém atribuía teu aparecimento a traumas dos jogos de tênis. No final das contas, eu vivia batendo a raquete nas pernas”, diz ele. Só que, na verdade, a dificuldade não tinha ligação com as partidas semanais, disputadas todas as terças-feiras, há 39 anos, no raiar do dia. O cirurgião tem, isto sim, uma doença que provoca nódulos indolores no trajeto dos nervos e precisamente o do cerebelo foi inventar de crescer, até prejudicar.
Dessa maneira, Zerbini, que prontamente realizou em torno de 40 000 cirurgias do coração, enfrentou o bisturi na terceira vez pela vida. “Já fui operado de apendicite e de um defeito na bexiga. No entanto não sofri em nenhuma destas ocasiões”, garante. Totalmente recuperado, o cirurgião voltou ao antigo ritmo. Aos oitenta e um anos de idade, completados no dia sete de maio passado, Zerbini opera quatro vezes por dia, de segunda a sexta-feira.
E faz questão de resolver: só teve tempo para dar entrevista e posar pra imagens pelo motivo de dois pacientes aconselharam problemas e as cirurgias foram adiadas. De fato, a agenda do cirurgião ficou ainda mais apertada, em consequência a dos almoços caseiros. Em um dicionário inglês-português, Zerbini seria a melhor tradução pro termo workaholic (maníaco por serviço). Graças ao teu esforço concentrado pela Medicina, ele foi um dos pioneiros nas cirurgias do coração, por todo o planeta.
”, Homem Pra Casar , no momento em que indagado a respeito do capítulo, sem suspender os olhos, ocupados com alguns papéis. A reação é no melhor estilo zerbiniano — o aparente pouco caso em relação a qualquer desvio do tema operação. “Nunca dei a menor bola para o que os políticos achavam”, sentencia, em tom de quem deseja encerrar a discussão. “Eu só queria realizar Medicina, a melhor Medicina possível.”E sonhar que, menino, Zerbini jamais sonhou em ser médico. Ele era o caçula dos seis filhos de um casal de imigrantes italianos que se conheceu no Brasil — dona Ernestina e senhor Eugênio, um professor da Instituição Normal.
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Nasceu prematuro em Guaratinguetá, no interior de São Paulo, numa moradia modesta que, há alguns anos, foi demolida para dar lugar à atual estação rodoviária da cidade. “Como era franzino, minha mãe me deu uma overdose de feijão pela infância”, recorda. “Ela tinha um gênio robusto e obrigava meu pai a controlar os estudos dos filhos.” Este, por tua vez, não perdoava: nenhum dos Zerbini podia continuar em segundo território na categoria.
“E, realmente, todos tiravam as melhores notas da turma.” Aos dezessete anos, o jovem Euryclides assustou o pai: “Ele estranhou que eu não falasse a respeito uma carreira”, conta o cirurgião, risonho. ”Então, chamou-me para um bate-papo. Oito Frases Para Se Conquistar Uma Mulher a minha vocação e eu, com a maior calma, respondi que não tinha vocação alguma.” Daí o pai, conforme a memória do filho, coçou a cabeça, matutou alguns segundos e recomendou a Medicina.
“Eu teria aceitado qualquer idéia. Naquele tempo, no ano de 1929, neste momento era dificílimo adquirir uma vaga pra ser médico. Havia menos candidatos do que atualmente, é verdade, porém o colégio de Medicina do Estado era a única de todo o São Paulo. Só aceitava cinqüenta pessoas por ano e Zerbini passou em décimo espaço, nos exames de avaliação. Em sua turma existia apenas uma mulher — em conclusão, pela data, as médicas eram exemplares raros. “No início do curso, a minha adaptação foi péssima”, revela Zerbini.
A matéria que lhe agradava mais — ou, melhor, a que lhe desagradava menos — era Anatomia. Dessa maneira, o estudante resolveu ver a uma operação para ver se, enfim, se entusiasmava pelos estudos. Quem imagina que ele saiu do centro cirúrgico como quem encontrou a sua tão perseguida vocação, se engana.
